são pedro do sul

Presos após tiroteio haviam deixado penitenciária no mesmo dia do crime

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A lancheria que foi alvo de um assalto à mão armada, em São Pedro do Sul, na noite de quarta-feira, já operava normalmente nesta quinta. Depois de roubarem dinheiro do caixa, jóias e celulares dos clientes, os quatro assaltantes fugiram em direção a Santa Maria.

Eles furaram uma barreira da Brigada Militar (BM) na entrada da cidade, na BR-287. Em seguida, houve perseguição e troca de tiros, até que os quatro jovens, com idades entre 18 e 25 anos, foram detidos no viaduto em frente ao Shopping Praça Nova. Dois deles, de 19 e 25 anos, ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Na manhã de hoje, eles estavam em estado regular e não corriam risco de morrer. Os outros dois foram levados à Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).

Segundo a Polícia Civil, dois deles - inclusive o de 19 anos, que foi baleado - haviam sido presos na segunda-feira por receptação e porte de arma de fogo no Bairro Juscelino Kubitscheck, em Santa Maria. Eles teriam sido liberados na quarta-feira, mesmo dia em que comentaram o assalto na cidade vizinha.

A proprietária do estabelecimento assaltado relatou, em entrevista, como foi a ação dos assaltantes. Ela preferiu não ter a identidade revelada. Confira:

Diário - Quem estava na lanchonete quando os assaltantes chegaram?
Proprietária - Quando eles chegaram, anunciaram o assalto, estavam armados. Apontaram para mim, tinha um casal de clientes também. Pegaram os nossos celulares e passaram para a parte de trás, na cozinha. Eles também pegaram o dinheiro do caixa.

Diário - Depois de anunciar o assalto e tomar os objeto, os assaltantes fugiram imediatamente?
Proprietária - Pediram mais dinheiro, tinha pouco dinheiro no caixa, não teve muito movimento. Aí, eles me ameaçaram. Disseram que iam me levar junto se eu não desse mais dinheiro, eu disse "pode levar, porque eu não tenho mais". Ainda pegaram uma garrafa de rum, um moletom, uma adaga artesanal que tínhamos no balcão, relógios, alianças e anéis. Cortaram o cabo do telefone fixo e o da internet. Depois foram embora.

Diário - Foram os quatro que entraram no local?
Proprietária - Foram três. Um ficou no lado de fora, 

Diário - Como foi voltar para o trabalho hoje?
Proprietária - Vamos tocar o barco, né? Não tem muito o que fazer. Foi a primeira vez que aconteceu algo assim na lancheria, em um pouco mais de um ano que estou aqui. É de se sentir incapaz de qualquer coisa quando tem alguém com uma arma apontada para ti. Levam coisas, mas a vida da gente tá aqui. Nossa cidade é pacata, não sei quando aconteceu algo assim em São Pedro do Sul.

*Colaborou Leonardo Catto

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